terça-feira, 30 de junho de 2009

Mickael Jackson e Madonna chegam aos 50 sem deixar herdeiros.


É preciso deixar registrado esse momento, no qual anuncia-se a perda de um ídolo que marcou geração. Não importa se falam mau ou bem, o importante é que esse homem marcou uma época, independentemente de idade, raça ou religião. Michael Jackson deixou eternamente suas músicas para as próximas gerações, deixou as incognitas polêmicas. A matéria abaixo relata a vida dos dois icones da música mundial, correção, hoje estamos apenas com um ícone vivo da música que é MADONNA. Bem, leia e tirem suas conclusões, afinal direta ou indiretamente eles influenciaram e influenciam a sociedade.

Falar sobre os mestres do universo da música pop é sempre relevante. Embora [quase] tudo já tenha sido dito, há sempre uma curiosidade a mais em torno dos ícones Madonna e Michael Jackson. Comemorando 50 anos em agosto, os reis do Pop são sinônimos de uma espécie de artistas à beira da extinção.


Eles foram responsáveis por dar seqüência, nos anos 1980, a um trabalho que Elvis, Beatles e David Bowie se ocuparam em difundir nas décadas anteriores. Ainda no topo, Madonna estréia esta semana a turnê Sticky & Sweet Tour, que virá ao Brasil em dezembro, ao passo que Michael Jackson está prestes a lançar mais um álbum de greatest hits, após ter ensaiado uma volta aos palcos junto dos irmãos, no ano passado. Dessa vez, são os fãs que vão ajudá-lo a escolher as faixas do disco. Com altos e baixos no caminho, Madonna e Michael deixam um legado impossível de apagar e a cultura pop, orfã de novos ídolos.


Michael Jackson estava condenado desde o início. A veia artística estava lá, mas o menino de 8 anos não tinha noção do que se tornaria quase 20 anos depois. Madonna estava dominada por seu próprio desejo quando decidiu tornar-se a artista que é, diferentemente de Michael, vítima do autoritário pai, Joseph, que o inseriu no Jackson 5. As apresentações do cantor à frente dos irmãos - Jackie, Tito, Jermaine e Marlon -, encantavam o público pela presença e carisma.


Na época, Diana Ross, Marvin Gaye e Stevie Wonder, todos da gravadora Motown, dominavam as paradas de sucesso embalados pelo soul. No final da década, o grupo ficou pequeno para o sucesso de Michael. Em 1979, produzido por Quincy Jones, o cantor daria o salto definitivo para a carreira solo. Michael agora vivia a era da disco e, sem cerimônia, emplacou hits como Don't Stop Till You Get Enough e Rock With You, no disco Off The Wall.


Em 1978, uma ambiciosa dançarina já vagava pelas ruas de Manhattan. Madonna desembarcou em Nova York com apenas uma pequena mala e 35 dólares. E não demorou muito para que trocasse o sonho de ser uma grande bailarina pela carreira musical. Afinal, era o sucesso que ela buscava. Durante o tempo que morou numa sinagoga abandonada com o namorado Dan Gilroy, aprendeu a tocar bateria. Pouco depois, estava à frente da banda Emmy e desesperada por um contrato de gravação. Através do DJ Mark Kamins chegou até Seymour Stein, da Sire Records, e fechou seu primeiro contrato: 15 mil dólares para produzir dois singles: Everybody e Burning Up, com uma pegada mais rock, no final de 1982, ano divisor de águas da música pop.


Entre a decadência da disco e o começo da new wave, o álbum Thriller, de Michael Jackson, trouxe a sonoridade que marcaria a década de 80, influenciando as gerações seguintes. A levada pop construída por Jackson e Quincy Jones, sem abandonar as raízes da black music, transformaria-se numa fábrica de hits, montanha de prêmios e milhões de cópias vendidas. As 50 milhões de cópias que Michael Jackson vendeu no mundo todo, às custas de Billie Jean, Wanna Be Startin Something, Beat It, The Girl is Mine - esta em parceria com o ex-beatle Paul McCartney, e a faixa-título, estão impregnadas no inconsciente coletivo.


O moonwalking tornou-se tão kitsh quanto uma lata de sopa Campbell assinada por Andy Wahrol. Nunca um cantor negro havia alcançado este patamar. Será que Michael precisaria de uma nova identidade para seguir adiante? Os anos seguintes comprovaram que sim.


Quando recebeu a letra de Like a Virgin, o produtor Nile Rodgers, que tinha acabado de produzir o disco Let's Dance, de David Bowie, considerava a faixa pouco expressiva. Mas, obstinada, Madonna o convenceu de que esta seria o carro-chefe do novo disco. Durante uma entrevista na MTV, em janeiro de 1984, foi profética: "Eu quero conquistar o mundo". Meses depois, lá estava ela outra vez, só que agora vestida de noiva, em cima de um bolo de casamento gigante, pronta para cantar Like a Virgin pela primeira grande vez. A performance tomou de assalto os telespectadores, que passaram a comprar cópias e mais cópias do single, que vendeu até hoje, 10 milhões de cópias só nos EUA.


Embora tenha gravado menos álbuns que Madonna, Michael foi responsável pelo hino We Are The World, com a participação de mais de 20 artistas, entre eles Tina Turner e Lionel Ritchie, em combate à fome na África, em 1985. Ironicamente, hit foi derrubado por Crazy For You, primeira balada gravada por Madonna, que não havia participado do single beneficente.


Para seu terceiro álbum, True Blue, ela mudou completamente o visual. Jackson fez o mesmo. Madonna ressurgia loura e mais magra quando Jackson apareceu, em 1987, com a pele bem mais clara o nariz nitidamente mais afinado no lançamento de Bad. Madonna voltou a ser morena em Like a Prayer, disco que lhe deu credibilidade na indústria musical, puxado pela polêmica do vídeo da faixa-título, que irritou a Igreja Católica e fez com que a Pepsi cancelasse o patrocínio de sua próxima turnê, a Blond Ambition.


O disco Bad fez muito sucesso e colocou seis músicas no topo das paradas, mas não repetiu o êxito de Thriller nas vendas. A obra-prima pop, lançada cinco anos antes, por incrível que pareça, ainda permanecia entre os 200 discos mais vendidos da Billboard. Para entrar na década de 90, Michael retornou às paradas com seu disco mais experimental, Dangerous. No ano anterior, Madonna havia colocado o mundo para dançar com Vogue. Foi quando os ícones tornaram-se amigos.


Na cerimônia do Oscar, em 1991, Madonna convidou Michael para acompanhá-la. Vestida como Marilyn Monroe, ela cantou Sooner or Later coberta por diamantes avaliados em 21 milhões de dólares, revivendo a Material Girl do começo da carreira. Michael havia convidado Madonna para participar da faixa In The Closet, do disco Dangerous. O poderoso dueto acabou não acontecendo. O clipe da faixa acabou tendo a participação de Naomi Campbell. Ela queria que Jackson se vestisse de mulher no vídeo, o que deixou o cantor desconfortável. Madonna já estava produzindo o polêmico Sex, livro no qual encarna a personagem Dita em diversas posições eróticas.


Em 1993, ambos teriam suas carreiras arranhadas justamente pela sexualidade. Michael foi processado por conta de uma acusação de assédio sexual, envolvendo um dos meninos que freqüentavam sua casa, o rancho Neverland. O escândalo manchou a reputação do artista, agora branco e cada vez mais controvertido e fez com que ele pagasse alguns milhões para a família do garoto. Por conta das críticas negativas do disco Erotica, Madonna decidiu sair em turnê para revitalizar sua popularidade. O mesmo fez Jackson, que prossegiu com a turnê do disco Dangerous. Pela primeira vez, Madonna e Michael Jackson se apresentaram no Brasil.


E esta foi a última vez que seus caminhos se cruzaram. Nos anos seguintes, Madonna trilharia um rumo muito diferente do de Jackson. Preocupada com a reputação artística, ela começou a trabalhar com produtores que trouxessem novas sonoridades. Vieram colaborações com Björk [em Bedtime Story], Massive Attack [ no cover de I Want You] e, finalmente, o respeito que vinha buscando desde que surgiu. O produtor William Orbit foi um facilitador Beirando os 40 anos , a cantora tinha expandido sua extensão vocal, bebendo de batidas eletrônicas mais sofisticadas.


Michael Jackson lançou em 1995, HIStory, álbum duplo que trazia um CD de inéditas e outro com seus grandes sucessos. O astro estava casado com Lisa Marie, filha de Elvis Presley. Michael detinha total controle sobre a obra dos Beatles, que adquiriu por uma bagatela, e do próprio Elvis. Gravou um dueto com a irmã Janet [Scream] e emplacou sua última música número 1 na parada da Billboard, a açucarada You Are Not Alone. No clipe, um Michael branquelo, de cabelos lisos, troca carícias com a então esposa, Lisa Marie Presley.


Michael só lançaria um novo álbum em 2001, o fracasso Invincible. Nesta época, quem dominava, mais uma vez as paradas, era Madonna. O disco Music resumia muito bem a sonoridade dominada pela música eletrônica, que ela começou a trabalhar em Ray Of Light, de 1998. E vieram as Spice Girls, Britney Spears e Justin Timberlake. Todos em busca de um lugar ao sol na música pop. Mesmo com Amy Winehouse, a verdade é que, por falta de uma identificação, criatividade ou carisma, "os nossos ídolos ainda são os mesmos, e as aparências não enganam, não". Em abril, Madonna lançou seu 11º álbum de estúdio, Hard Candy, produzida por Timbaland e Pharell Willims. E permanece ídolo. Tem mais alguém?

Nenhum comentário:

Postar um comentário