quinta-feira, 30 de abril de 2009

Para interagir e aprender



Conheça as funções e saiba como instalar o Moodle e outros programas usados como ambientes virtuais de aprendizagem

Ambientes virtuais que agregam usuários segundo gostos e redes sociais proliferam na web. O Orkut e o Facebook são alguns exemplos de ambientes em que pessoas de todo o mundo interagem pela internet. O AVA, Ambiente Virtual de Aprendizagem, é mais uma dessas ferramentas, criada, no entanto, para uso escolar.

Alguns desses ambientes virtuais de aprendizagem são pagos, outros são livres, mas todos têm a mesma proposta: oferecer um espaço em que professores e alunos possam interagir. Os ambientes são usados como ferramentas de educação a distância ou como um acompanhamento das aulas presenciais. Contudo, o uso dos softwares não se limita a uma disciplina ou classe. Os programas vêm sendo adotados para criar um espaço de interação entre todos os membros das instituições escolares.

O Moodle

Software livre apresentado na última edição de Carta na Escola (nº 34), o Moodle é um ambiente virtual de aprendizagem voltado para a interação de professores e alunos. Com o programa, o docente cria e organiza conteúdos e atividades pedagógicas para seus alunos. Por seu pioneirismo ou sua funcionalidade, é a ferramenta mais usada.

O Moodle é gratuito e o seu uso, simples. No entanto, a instalação do programa requer algum conhecimento técnico de programação de computadores. A escola tem duas opções: recorrer aos técnicos de informática, se houver este setor na instituição, ou contratar os serviços da empresa brasileira licenciada pelo Moodle (www.gfarias.com). A instalação do programa custa 350 reais.

Depois de instalado, os usuários do Moodle devem ser divididos em uma hierarquia que já é pressuposta pelo software. O programa tem, basicamente, três vertentes: administrador, professor e aluno.

Uma dica é que o administrador seja a pessoa responsável pelo setor de informática da instituição. Isso porque suas funções no ambiente virtual serão técnicas, como criar páginas de cursos e cadastrar professores. O administrador de um ambiente virtual é o responsável por dar assistência para todo professor interessado em criar uma disciplina. Essa divisão apenas simplifica o trabalho: o técnico cuida da parte administrativa e o professor, da pedagógica.
No Moodle é possível cadastrar professores e alunos em diferentes disciplinas. Cada professor é responsável pela sua disciplina e os alunos têm acesso a todas as matérias que seus professores disponibilizarem.

Uso das ferramentas

As principais ferramentas usadas pelo professor são chamadas “recursos” e “atividades”. A primeira serve como uma espécie de arquivo para a disciplina. Os “recursos” são divididos em: criar uma página de texto, uma página de web independente da tela principal da disciplina, um link para outro site e a indexação de imagens e vídeos.
Já a ferramenta de “atividades” garante a interatividade entre professores e alunos. Algumas das atividades que um professor pode desenvolver são:

1. Fórum de discussão: pode ser criado pelos alunos ou professores, com opções para ser aberto a qualquer tema ou restrito a apenas um assunto.
2. Chat: permite um bate-papo em tempo real que pode ser agendado para um determinado dia ou estar sempre à disposição dos alunos.
3. Testes: questões cujas respostas podem ser dadas nos formatos de escolha múltipla, verdadeiro ou falso e respostas curtas. O professor pode dar nota aos testes, assim como limitar o tempo para se realizar a atividade.
4. Livro: possibilita a criação de uma sequência de páginas, em que o professor pode criar capítulos, indexar imagens e imprimi-lo em uma formatação definida pelo Moodle.
5. Trabalhos: atividades desenvolvidas pelo aluno a pedido do professor. Elas podem ter prazos e notas definidas.
6. Glossário: permite que se crie um dicionário com termos relacionados à disciplina, além disso, é possível anexar imagens e links às explicações.
Veja quais são os softwares, todos livres e gratuitos, desenvolvidos para ajudar o professor a gerenciar os conteúdos de sua disciplina e complementar as suas aulas:
O Teleduc (http://quimera.nied. unicamp.br) é desenvolvido pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação, da Universidade Estadual de Campinas. O programa oferece cursos, respostas a perguntas frequentes e fóruns de discussão.

O Projeto Amadeus (http://amadeus.cin.ufpe.br) é desenvolvido com base em pesquisas feitas pelo Grupo de Ciências Cognitivas e Tecnologia Educacional, vinculado ao Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco. O site oferece um fórum em que usuários trocam informações com os desenvolvedores do software e entre si.

O Planeta Rooda (www.nuted.edu.ufrgs.br) foi criado pelo Núcleo de Tecnologia Digital Aplicada, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O diferencial do programa é que o ambiente virtual, com uma interface atrativa, é voltado para o Ensino Infantil e primeiros anos do Ensino Fundamental.

O ThinkQuest (www.thinkquest.org/pt_br), da Oracle Education Foundation, é um ambiente virtual inovador em vários aspectos. A plataforma não exige nenhuma compra ou instalação de software. Tudo pode ser feito pela internet. Seus conceitos são diferentes dos outros ambientes citados porque ele permite que o aluno crie o próprio material. Além disso, o ThinkQuest mantém uma grande biblioteca virtual com as melhores produções de seus usuários. Para usar a plataforma, as escolas devem enviar um pedido de autorização pelo site.
Escrito por André de Oliveira, publicado na Revista Carta na Escola, Ed. nº. 35, Abril/2009.

Sete passos para o futuro


Ações simples para inserir a equipe e os alunos em uma verdadeira cultura virtual

Que tal trocar a caneta e o papel pelo teclado na hora de elaborar a ata da reunião de planejamento, organizar um espaço de formação tecnológica para os professores dentro do horário coletivo de trabalho ou incentivá-los a construir planilhas de acompanhamento do aprendizado dos alunos no computador?

Essas ações podem quebrar a resistência da equipe e criar um ambiente favorável para desenvolver e fortalecer em sua escola o hábito de usar a informática nos processos do dia-a-dia. Os gestores podem e devem favorecer a utilização de novas mídias ao lançar mão de estratégias como essas.

Léa Fagundes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lembra que antes de tudo é preciso facilitar o acesso. “Alguns diretores impedem que o laboratório seja usado, com medo de os alunos danificarem os equipamentos.” NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR elaborou uma lista de sete passos que podem ajudar sua escola a tomar o rumo do futuro.

1. Colocar máquinas em uso
Faça um levantamento dos recursos de que a escola dispõe. Relacione computadores, televisores, aparelhos de vídeo e DVD, máquinas fotográficas e de vídeo, gravadores de voz e microfones. Todos esses equipamentos são ferramentas de ensino. “Os recursos devem estar na mão de alunos e professores. Não dá para ter um controle autoritário do uso. Empregar novas mídias para favorecer a aprendizagem é falar em processos de criação. Por isso, o ponto de partida é a liberdade de acesso”, destaca Lia Paraventi, coordenadora de informática educativa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

2. Inserir no projeto pedagógico
Na EMEF Pracinhas da FEB, na capital paulista, gestores e professores escolhem, nas reuniões de planejamento, as linguagens que serão usadas nos projetos. “Em 2008, trabalhamos a produção de um jornal no computador, do texto à diagramação”, conta Paloma Fernandez, orientadora de Informática Educativa da escola. Os professores das disciplinas envolvidas se reuniram com ela no horário de trabalho coletivo para juntar conteúdo e tecnologia. Em História, os alunos produziram notícias sobre a Revolução de 1930 e as guerras mundiais. Em Matemática, criaram um encarte com desafios de lógica, e em Ciências, reportagens sobre higiene e prevenção de doenças. Este ano, as turmas aprenderão a fazer audiovisuais.

3. Formar a equipe
Se o mouse ainda é um objeto estranho para a equipe (ou só para você), promova um curso de capacitação. Márcia Jubett, diretora da EMEF Marta Wartenberg, em Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre, mal sabia ligar o computador, mas isso não a impediu de informatizar a escola. “Criamos um espaço para a formação dentro do horário coletivo de trabalho e passamos a discutir a montagem de projetos didáticos usando novas mídias.” A professora de informática repassa à equipe o que aprende em cursos oferecidos pelas secretarias municipal e estadual. Outra ideia é incentivar os professores que já dominam as linguagens a compartilhar seus saberes com o grupo.

4. Mudar a gestão
Escola que não tem pessoal suficiente para coordenar o uso do laboratório de informática pode fazer um projeto com alunos monitores. “Isso ajuda no comprometimento com as atividades”, analisa Márcia Padilha, coordenadora do Instituto para o Desenvolvimento e a Inovação Educativa, da Organização de Estados Ibero-Americanos. O essencial é dar condições para que os estudantes entrem no laboratório nos horários em que não estão em aula (a escola e a sala de informática têm de estar abertas e em condições de uso), além de acompanhar o trabalho. Os equipamentos precisam de manutenção e atualização. Um bom caminho é definir regras de uso de sites e comunidades virtuais e gerir o acesso e a organização das atividades dentro e fora do laboratório.

5. Usar a tecnologia todo dia
Substituir a correspondência em papel com os pais por e-mails personalizados, colocar os balancetes de gastos numa planilha digital, construir arquivos para o acompanhamento das aprendizagens dos alunos ou criar uma comunidade virtual para compartilhar o resultado das reuniões de planejamento são exemplos de como a informática pode estar presente na gestão da escola. Na EE Professora Neuza Maria Nazatto de Carvalho, em Santa Bárbara do Oeste, a 130 quilômetros de São Paulo, a diretora Sirlei Dantes adotou a digitalização das planilhas com as notas dos 850 alunos. “Para quebrar a resistência dos professores, fizemos um trabalho de formação mostrando que a mudança facilitaria os processos. Hoje eles editam online esse material. Na direção, acrescentamos outros dados dos estudantes e enviamos por e-mail para a secretaria”, ensina a diretora.

6. Sair do laboratório
Ter um espaço reservado para os computadores é importante, mas, com o tempo, o laboratório convencional pode se transformar num espaço de produção multimídia com som e imagem. Ganha muito a escola que instala uma rede sem fio e cria ambientes de aprendizagem com computadores portáteis – para o uso dos alunos ou na formação dos professores.

7. Integrar a comunidade
É importante criar redes de relacionamento e cooperação com o entorno. “Muitas vezes, a escola é o único lugar onde o aluno tem acesso à tecnologia. Por isso, ela precisa dar a ele os instrumentos para a socialização e inserção no mercado de trabalho”, afirma José Manuel Moran, pesquisador em Tecnologias da Educação da Universidade de São Paulo (USP).

Produzido por Escrito Gustavo Heidrich – Revista Gestão Escolar – Ano 1, nº. 1, Abril/Maio 2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um lider ser faz ou já nasce feito?


É comum ouvir dizer que um líder não se faz, já nasce feito. Será verdade? Em nossa exigente sociedade, ser considerado um líder talentoso é o maior elogio que se pode receber. Neste contexto, a liderança é apresentaão como a pílula mágica que todos querem tomar.

A liderança outorga destaque, acentua o poder e, o mais importante, favorece o crescimento pessoal. Porém, as capacidades de liderança não são ingeridas como pílulas. Ao contrário da crença popular, a maioria dos líderes se faz; não vem de berço com as qualidades desejadas. É no dia a dia que as capacidades são aperfeiçoadas. E quais são as qualidades que esses líderes cultivam para gerar discípulos e seguidores?

Um líder notável tem uma visão diferenciada. Exatamente por isto está sempre pronto a destacar a quem tem méritos. Muitos líderes entendem que a maneira mais notável de fazer os liderados daremo melhor de si é tratá-los com distinção - e reconhecer méritos é muito mais eficaz do que as chamadas críticas construtivas, que na maioria das vezes fere em vez de ajudar. Líderes de verdade estimulam liderados a fazerem algo interessante e relatam isso para pessoas estratégicas e isso desencadeia o mais importante capital que um líder pode dispor.


Os líderes mais destacados sabem que correr riscos não é um exercício impensado - um paraquedista não entra em um avião sem antes ter verificado seus paraquedas. Seria inadmissivel. A idéia de risco traz sempre consigo a possibilidade de falhar e às vezes isto faz com que se espere que outros assumam a responsabilidade. Ao longo da jornada um líder precisa aprender a lidar com as perdas e não se deixar dominar pelo remorso. Aprender a recomeçar sempre é um milagroso exercício.

É fácil notar o grande número de pessoas que andam dando voltas e estão sempre no mesmo lugar. um líder está sempre à frente, abrindo espaço, criando oportunidades e mostrando o que fazer para atingir o topo de suas ambições positivas. No exercício da liderança, quando se dá algo a pessoas elas retribuem de forma positiva. Se forem apresentadas atitudes seguras, os liderados certamente registrarão isso. Uma das virtudes de um bom líder é arranjar seguidores de suas ações, aqueles que vão concretizar as idéias apresentadas.

Quando uma pessoa entende a importância do trabalho a ela delegado dá o melhor de si e imprime-lhe criatividade e dedicação. Mas quandovibram com ele, aplicam uma incontida energia para sua realização - é uma força motivacional contagiante. Líderes de sucesso reltam que se tiverem confiança naquilo que seus lideradosvão fazer, eles o farão de uma forma determinante. Mas, ao contrário, se houver a suspeita de que vão falhar, é provável que isso aconteça. É preciso criar estratégias motivacionais e uma delas é escrever e-mails e outras formas que exprimam reconhecimento e confiança. O fato dessa confiança ser demonstrada estimulará a auto-confiança e a satisfação.

A assiação de uma visão diferenciada com risco calculados, mostrar caminhos, motivar e transmitir confiança forma o perfil de um líder notável, motivador e com possibilidade de marcar uma época e ter muitos seguidores. Só para lembrar: não se nasce líder; faz-se líder.

Texto produzido: Noélio Duarte (Fonoaudiólogo, neurolinguista e conferencista motivacional.). Publicado na Revista Alshop em março 2009.




Poder da leitura


Ler é uma questão de prazer, então busque tempo para deliciar uma otima leitura, com livros que desperte sua atenção. No mundo educacional a leitura faz parte constante da nossa vida, então restarnos saber limitar nosso tempo para praticar essa ação.

O presente maior da vida é a liberdade da nossa imaginação, onde podemos viagem pelo nosso imaginário, tudo isso pode ser realizado com ato de ler.

Por isso ler é voa, então voe alto. Neste blog iremos ter o prazer de adicionar sempre textos que incentive a leitura, como também fica o espaço para trocarmos conhecimento.