sexta-feira, 28 de agosto de 2009

MICROPROJETOS CULTURAIS: INSCRIÇÕES SEGUEM ATÉ 06 DE SETEMBRO

DivulgaçãoContinuam abertas até o próximo dia 6 de setembro as inscrições para o Programa de Apoio a Microprojetos Culturais. Podem se inscrever gratuitamente pessoas físicas e jurídicas, sem fins lucrativos, que desenvolvam projetos culturais nas artes visuais, artes cênicas, música, literatura, audiovisual e artes integradas, que beneficiem jovens de 17 a 29 anos residentes em 72 municípios alagoanos (38 do Semiárido e 34 inseridos no Pacto/Unicef/2005).
O programa é uma iniciativa do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Articulação Institucional/SAI, a Fundação Nacional de Artes (Funarte), em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult) e o Banco do Nordeste. Cada microprojeto selecionado receberá até R$ 10.895,88.
Paralelamente ao período de inscrições, na última quinta-feira, a Secult promoveu uma capacitação, em Arapiraca, com objetivo de ensinar e esclarecer dúvidas sobre como elaborar um projeto conforme a proposta do edital vigente.
A análise e seleção dos projetos serão realizadas por uma Comissão, integrada pelos representantes da Secretaria de Articulação Institucional do MinC, Funarte, da Secult, além de representação da Sociedade Civil. Os projetos selecionados devem ser executados e concluídos no período de até 12 meses, a partir da data de assinatura de termo contratual entre os contemplados e o BNB.
Segundo o secretário Osvaldo Viégas, a intenção é mobilizar o maior número de pessoas a apresentarem seus projetos de maneira adequada para acessar o recurso disponível destinado ao Estado. Alagoas deve receber um total de R$ 784,5 mil para o financiamento dos projetos culturais.Áreas de Interesse:
Artes Visuais- Ações que contemplem a produção de obras, realização de exposições, oficinas, aquisição de materiais e outras formas de apresentação que propiciem a compreensão e o acesso à proposta a ser realizada, em todas as formas e gêneros das artes visuais (pintura, escultura, fotografia, artesanato, desenho, gravura, artes gráficas, intervenções urbanas e linguagens virtuais).
Artes Cênicas- Ações que contemplem espetáculos, oficinas, aquisição de materiais e outras formas de criação e apresentação que propiciem a compreensão e o acesso à obra realizada, em todas as formas e gêneros das artes cênicas (Teatro, Dança, Circo e Ópera).
Música- Ações que contemplem criação e produção musical, realização de shows, festivais, oficinas, aquisição e manutenção de instrumentos musicais, gravação e registro sonoro (CD) /audiovisual (DVD) e outras formas de criação e apresentação que propiciem a compreensão e o acesso à obra realizada, em todas as formas e gêneros da música.
Literatura- Ações que contemplem criação literária, revistas, jornais, fanzines e demais impressos, mídias eletrônicas, oficinas literárias, pesquisas e outras formas de criação e apresentação que propiciem a compreensão e o acesso à obra realizada, em todos os estilos literários (conto, romance, crônica, poesia, cordel, histórias em quadrinhos, poesia visual, poesia virtual, entre outras).
Audiovisual- Ações que contemplem obras em vídeo (mídia magnética) e mídias digitais (inclusive aparelhos celulares e similares), aquisição de equipamentos para a realização do projeto, organização de oficinas, realização de mostras e outras formas de difusão da produção audiovisual, inclusive por meios eletrônicos.Artes Integradas- Ações que não se enquadrem nas áreas anteriores ou que contemplem, de forma integrada, mais de uma área artística.
Serviço:
Os interessados podem se inscrever de 24 de julho a 6 de setembro. Para ter acesso aos editais clique aqui.

INPE oferece Curso a Distância para professores da Educação Básica

Estão abertas as inscrições para a primeira edição do curso a distância de Geotecnologia no Ensino, organizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O prazo termina em 31 de agosto.O curso visa à capacitação de profissionais da educação básica no uso de geotecnologias (sensoriamento remoto e sistema de informações geográficas) e também à difusão do uso de dados de satélites.Para participar do curso é necessário ser professor do ensino básico em atividade (em sala de aula) e possuir Internet com banda larga.A programação prevê a discussão de temas como “Fundamentos de sensoriamento remoto”, “Sensores e satélites”, “Interpretação de imagens de sensores remotos”, “Processamento de imagens de sensores remotos”, “Aplicações de dados de sensores remotos” e “Orientação para a elaboração de projeto educacional”.A carga horária total do curso é de 104 horas (13 semanas) com dedicação do aluno de 8 horas semanais durante o período das atividades.Mais informações pelo site www.dpi.inpe.br/ead/geo_ensino/index.html

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Senac-PE realiza...


Maiores informações acesse:

Reflexão na Era Tecnológica

Especialistas participam de conferências que discutem os caminhos do pensamento no mundo atual

Entre 19 de agosto e 09 de outubro, a capital paulista recebe o ciclo de conferências Mutações: a experiência do pensamento. O SESC Avenida Paulista será o palco da reunião de intelectuais brasileiros e estrangeiros que irão discutir qual espaço ocupado pelo pensamento do homem no mundo atual, dominado pelas tecnologias. Os debates são promovidos pelo Ministério da Cultura e tem o patrocínio da Petrobras. Mais uma vez o projeto é dirigido e idealizado por Adauto Novaes.

Quatro capitais brasileiras receberão o ciclo de conferências: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Entre os presentes, estarão os professores de Filosofia da Universidade de São Paulo Franklin Leopoldo e Silva e Vladimir Safatle. Além do francês Paul Clavier, professor de Filosofia da Escola Superior de Paris, o professor e jornalista Eugênio Bucci e Sergio Paulo Rouanet, entre outros.

Nos dois anos anteriores, as conferências haviam discutido as novas configurações do mundo (2007) e a condição humana (2008). Este ano, os especialistas irão debater temas que envolvem o pensamento no mundo atual com a forte presença da tecnociência, além do pensamento dos jovens na era digital. Serão 21 conferências ao longo do ciclo. A abertura, Pensar em Pessoa que trata da filosofia de Fernando Pessoa, será proferida por José Miguel Wisnik. Haverá também um concerto feito pelo grupo de música medieval Atempo - Estilo novo, nova arte: polifonia de Florença e Verona no século 14.

Mutações: a experiência do pensamento
Auditório SESC Avenida Paulista
Av. Paulista, 119 - ParaísoR$ 80 (inteira) - R$ 40 (meia) - R$ 20 (matriculados SESC)
Em São Paulo: de 19 de agosto a 09 de outubro
Quartas, quintas e sextas - 19h30
Inscrições no site do SESC ou pessoalmente nas unidades do SESC SP

Entrevista com Zygmunt Brauman


A utopia possível na sociedade líquida

Zygmunt Bauman é um dos pensadores contemporâneos que mais têm produzido obras que refletem os tempos contemporâneos. Nascido na Polônia em 1925, o sociólogo tem um histórico de vida que passa pela ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial, pela ativa militância em prol da construção do socialismo no seu país sob a direta influência da extinta União Soviética e pela crise e desmoronamento do regime socialista.

Atualmente, vive na Inglaterra, em tempo de grande mobilidade de populações na Europa. Professor emérito de sociologia da Universidade de Leeds, Bauman propõe o conceito de "modernidade líquida" para definir o presente, em vez do já batido termo "pós-modernidade", que, segundo ele, virou mais um qualificativo ideológico.

Bauman define modernidade líquida como um momento em que a sociabilidade humana experimenta uma transformação que pode ser sintetizada nos seguintes processos: a metamorfose do cidadão, sujeito de direitos, em indivíduo em busca de afirmação no espaço social; a passagem de estruturas de solidariedade coletiva para as de disputa e competição; o enfraquecimento dos sistemas de proteção estatal às intempéries da vida, gerando um permanente ambiente de incerteza; a colocação da responsabilidade por eventuais fracassos no plano individual; o fim da perspectiva do planejamento a longo prazo; e o divórcio e a iminente apartação total entre poder e política. A seguir, a íntegra da entrevista concedida pelo sociólogo à revista CULT.


Na obra Tempos líquidos, o senhor afirma que o poder está fora da esfera da política e há uma decadência da atividade do planejamento a longo prazo. Entendo isso como produto da crise das grandes narrativas, particularmente após a queda dos regimes do Leste Europeu. Diante disso, é possível pensar ainda em um resgate da utopia?


Zygmunt Bauman - Para que a utopia nasça, é preciso duas condições. A primeira é a forte sensação (ainda que difusa e inarticulada) de que o mundo não está funcionando adequadamente e deve ter seus fundamentos revistos para que se reajuste. A segunda condição é a existência de uma confiança no potencial humano à altura da tarefa de reformar o mundo, a crença de que "nós, seres humanos, podemos fazê-lo", crença esta articulada com a racionalidade capaz de perceber o que está errado com o mundo, saber o que precisa ser modificado, quais são os pontos problemáticos, e ter força e coragem para extirpá-los. Em suma, potencializar a força do mundo para o atendimento das necessidades humanas existentes ou que possam vir a existir.


Por que se fala tanto hoje de "fim das utopias"?

Bauman - Na era pré-moderna, a metáfora que simboliza a presença humana é a do caçador. A principal tarefa do caçador é defender os terrenos de sua ação de toda e qualquer interferência humana, a fim de defender e preservar, por assim dizer, o "equilíbrio natural". A ação do caçador repousa sobre a crença de que as coisas estão no seu melhor estágio quando não estão com reparos; de que o mundo é um sistema divino em que cada criatura tem seu lugar legítimo e funcional; e de que mesmo os seres humanos têm habilidades mentais demasiado limitadas para compreender a sabedoria e harmonia da concepção de Deus.

Já no mundo moderno, a metáfora da humanidade é a do jardineiro. O jardineiro não assume que não haveria ordem no mundo, mas que ela depende da constante atenção e esforço de cada um. Os jardineiros sabem bem que tipos de plantas devem e não devem crescer e que tudo está sob seus cuidados. Ele trabalha primeiramente com um arranjo feito em sua cabeça e depois o realiza.

Ele força a sua concepção prévia, o seu enredo, incentivando o crescimento de certos tipos de plantas e destruindo aquelas que não são desejáveis, as ervas "daninhas". É do jardineiro que tendem a sair os mais fervorosos produtores de utopias. Se ouvimos discursos que pregam o fim das utopias, é porque o jardineiro está sendo trocado, novamente, pela ideia do caçador.


O que isso significa para a humanidade de hoje?

Bauman - Ao contrário do momento em que um dos tipos passou a prevalecer, o caçador não podia cuidar do global equilíbrio das coisas, natural ou artificial. A única tarefa do caçador é perseguir outros caçadores, matar o suficiente para encher seu reservatório. A maioria dos caçadores não considera que seja sua responsabilidade garantir a oferta na floresta para outros, que haja reposição do que foi tirado.

Se as madeiras de uma floresta forem relativamente esvaziadas pela sua ação, ele acha que pode se deslocar para outra floresta e reiniciar sua atividade. Pode ocorrer aos caçadores que um dia, em um futuro distante e indefinido, o planeta poderia esgotar suas reservas, mas isso não é a sua preocupação imediata, isso não é uma perspectiva sobre a qual um único caçador, ou uma "associação de caçadores", se sentiria obrigado a refletir, muito menos a fazer qualquer coisa.

Estamos agora, todos os caçadores, ou ditos caçadores, obrigados a agir como caçadores, sob pena de despejo da caça, se não de sermos relegados das fileiras do jogo. Não é de admirar, portanto, que, sempre que estamos a olhar a nosso redor, vemos a maioria dos outros caçadores quase sempre tão solitária quanto nós. Isso é o que chamamos de "individualização".

E precisamos sempre tentar a difícil tarefa de detectar um jardineiro que contempla a harmonia preconcebida para além da barreira do seu jardim privado. Nós certamente não encontraremos muitos encarregados da caça com interesse nisso, e sim entretidos com suas ambições. Esse é o principal motivo para as pessoas com "consciência ecológica" servirem como alerta para todos nós. Esta cada vez mais notória ausência do jardineiro é o que se chama de "desregulamentação".

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"Para que a utopia renasça, é preciso a confiança no potencial humano à altura da tarefa de reformar o mundo"

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Diante disso, a esquerda não tem possibilidades de ter força social?

Bauman - É óbvio que, em um mundo povoado principalmente por caçadores, não há espaço para a esquerda utópica. Muitas pessoas não tratam seriamente propostas utópicas. Mesmo que saibamos como fazer o mundo melhor, o grande enigma é se há recursos e força suficientes para poder fazê-lo.

Essas forças poderiam ser exercidas pelas autoridades do engenhoso sistema do Estado-nação, mas, como observou Jacques Attali em La voie humaine, "as nações perderam influência sobre o curso das coisas e delegaram às forças da globalização todos os meios de orientação do mundo, do destino e da defesa contra todas as variedades do medo". E as forças da globalização são tudo, menos instintos ou estratégias de "jardineiros", favorecem a caça e os caçadores da vez.

O Thesaurus [dicionário da língua inglesa, de 1892] de Roget, obra aclamada por seu fiel registro das sucessivas mudanças nos usos verbais, tem todo o direito de listar o conceito de utópico como "fantasia", "fantástico", "fictício", "impraticável", "irrealista", "pouco razoável" ou "irracional". Testemunhando assim, talvez, o fim da utopia.

Se digitarmos a palavra utopia no portal de buscas Google, encontraremos cerca de 4 milhões e 400 mil sites, um número impressionante para algo que estaria "morto". Vamos, porém, a uma análise mais atenta desses sites. O primeiro da lista e, indiscutivelmente, o mais impressionante é o que informa aos navegantes que "Utopia é um dos maiores jogos livres interativos online do mundo, com mais de 80 mil jogadores".

Eu não fiz uma pesquisa em todos os 4 milhões de sites listados, mas a impressão que tive após uma leitura de uma amostra aleatória é que o termo utopia aparece em marcas de empresas de cosméticos, de design de interiores, de lazer para feriados, bem como de decoração de casas. Todas as empresas fornecem serviços para pessoas que procuram satisfações individuais e escapes individuais para desconfortos sofridos individualmente.

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"A ideia de progresso foi transferida da ideia de melhoria partilhada para a de sobrevivência do indivíduo"

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Nesta sociedade líquido-moderna, como fica a ideia de progresso e de fluxos de tempo?

Bauman - A ideia de progresso foi transferida da ideia de melhoria partilhada para a de sobrevivência do indivíduo. O progresso é pensado não mais a partir do contexto de um desejo de corrida para a frente, mas em conexão com o esforço desesperado para se manter na corrida. Você ouve atentamente as informações de que, neste ano, "o Brasil é o único local com sol no inverno", neste inverno, principalmente se você quiser evitar ser comparado às pessoas que tiveram a mesma ideia que você e foram para lá no inverno passado.

Ou você lê que deve jogar fora os ponchos que estiveram muito em voga no ano passado e que agora, se você os vestir, parecerá um camelo. Ou você aprende que usar coletes e camisetas deve "causar" na temporada, pois simplesmente ninguém os usa agora.

O truque é manter o ritmo com as ondas. Se não quiser afundar, mantenha-se surfando - e isso significa mudar o guarda-roupa, o mobiliário, o papel de parede, o olhar, os hábitos, em suma, você mesmo, quantas vezes puder. Eu não precisaria acrescentar, uma vez que isso deva ser óbvio, que essa ênfase em eliminar as coisas - abandonando-as, livrando-se delas -, mais que sua apropriação, ajusta-se bem à lógica de uma economia orientada para o consumidor. Ter pessoas que se fixem em roupas, computadores, móveis ou cosméticos de ontem seria desastroso para a economia, cuja principal preocupação, e cuja condição sine qua non de sobrevivência, é uma rápida aceleração de produtos comprados e vendidos, em que a rápida eliminação dos resíduos se tornou a vanguarda da indústria.

Extraido da Revista Cult - Ed. 138. - Materia de Denis de Oliveira

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O poder da comunicação, é importante para o aprendizagem do professor e do aluno.


A comunicação é muito mais do que o simples ato de falar, é um universo com poderosíssimas ferramentas que você, professor, pode usar no dia-a-dia para melhorar a qualidade do seu trabalho. Mas, afinal, o que engloba o universo da comunicação? Segundo o Dicionário Aurélio, “comunicação é o ato ou efeito de comunicar(-se). Emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual”. Ou seja, além da fala, as expressões corporais, o olhar, o silêncio e a maneira de se vestir também são formas importantes de se comunicar. Mais do que falar durante a aula inteira e passar o conteúdo, o professor precisa conquistar a atenção do aluno, e, para que isso aconteça, é importante utilizar todas as formas que a comunicação oferece.


Comunicação verbal


A voz é a grande ferramenta para a comunicação verbal, no entanto, quando usada de forma inadequada, pode trazer prejuízos na qualidade do trabalho e problemas de saúde. Para a fonoaudióloga Patrícia Balata, a voz pode influenciar no desenvolvimento da aula. “Um professor cuja voz está rouca, cansada ou abafada, poderá causar um desestímulo e, às vezes, uma certa irritabilidade no aluno”, afirma. Segundo ela, isso depende do grau da alteração e da freqüência com que ocorre, mas que tanto o professor quanto o aluno sofrem com a situação. “O primeiro, por ter seu instrumento de trabalho comprometido e ineficiente, e o segundo, por ter seu ministrante, muitas vezes, estressado com o problema”. O tom de voz é uma característica própria de cada pessoa e deve ser explorado nas modulações, ou seja, dar ênfase correta às palavras para que transmitam a intenção do que deseja destacar. O ritmo também é um aspecto da personalidade. “Normalmente, as pessoas mais ansiosas tendem a falar rápido, enquanto as mais retraídas falam lentamente”, explica Patrícia. No entanto, no exercício da profissão, é contra-indicado os extremos. “Nem muito lento, nem muito rápido”, completa. Para que o ritmo fique apropriado, as palavras devem ser faladas de forma bem articulada e sem exageros. O professor também deve cuidar com os excessos de pausas, pois uma aula assim torna-se cansativa.

Dicas:
- Evite a monotonia da voz usando ênfases e articulando corretamente as palavras.
- Beba bastante água antes, durante e depois das aulas.
- Dinamize a aula com recursos metodológicos interessantes que façam dos alunos elementos ativos e participativos. Assim você poupa a sua voz e explora as habilidades deles.
- Evite competir com os alunos quando a sala estiver barulhenta. Às vezes, o silêncio comunica e exige mais do que um grito.

O corpo também fala
A comunicação não verbal, ou seja, a expressão corporal, as atitudes, o silêncio e o vestuário são tão importantes quanto a comunicação verbal. "O professor não é um animador de auditório, mas deve ser um bom comunicador", diz Thelma Rodrigues dos Santos, professora e atriz graduada em Artes Cênicas. Quando participou de um curso para desenvolver a criatividade em sala de aula, Thelma percebeu que seus colegas tinham um certo bloqueio para participar das atividades. "A partir dessa dificuldade notada entre os professores, comecei a pensar no que poderia contribuir para melhorar a comunicação desses profissionais e idealizei o curso "Professor, o ator da sala de aula". Essa capacitação para educadores é realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Estudos Pessoais e Profissionais – IBEPP.

Segundo Thelma, o primeiro passo é o conhecimento de si próprio e a aceitação do seu corpo. Ela explica que geralmente na infância, os pais chamam a atenção das crianças usando termos como “fique quieto”, “não faça isso”, “não faça aquilo”. Inconscientemente, essas crianças, quando adultas, ficam bloqueadas. “Daí as pessoas dizem que não sabem porque ficam tensas diante de outras pessoas”. A partir do momento que o professor conseguir se expressar melhor e usar o corpo como ferramenta, será beneficiado não só no seu trabalho, mas também na sua vida pessoal. "Ele vai aliviar as tensões, vai ficar mais espontâneo e terá maior domínio de suas ações", diz Thelma.

Conhecendo o seu público
Como os palestrantes, que antes de iniciar o discurso procuram conhecer o público para o qual irão falar, os professores também precisam saber qual é o universo de seus alunos. É importante conhecer hábitos, manias, gostos e o perfil da turma para se comunicar melhor com ela. No livro A Magia da Comunicação, o médico e palestrante Dr. Lair Ribeiro afirma que cada estudante tem uma maneira diferente de prestar atenção na aula. Para os alunos que percebem mais o movimento, o professor precisa andar de um lado para o outro da sala e fazer com que eles participem da aula. Alguns alunos prestam mais atenção nos sons, então o educador tem de alternar o ritmo e o tom da fala e se expressar claramente. E para aqueles que são visuais, o professor tem de usar o quadro, apresentar slides e gesticular. “Os melhores professores são aqueles que usam as três linguagens na comunicação com os alunos”, diz Lair Ribeiro.

Melhore o seu poder de comunicação em sala de aula
Você pode buscar recursos como aulas de dança, teatro e outras atividades corporais para melhorar a sua comunicação, mas pode também começar a tomar simples atitudes que irão ajudá-lo. A professora e atriz Thelma Rodrigues dos Santos, em parceria com o diretor teatral Zauri Duarte de Liz Júnior, elaborou algumas dicas para ajudar os professores a se comunicarem melhor com seu público-alvo: os alunos. Leia com atenção e coloque-as em prática:

- Caminhe com serenidade e determinação. Sua atitude confiante inspira respeito e credibilidade.

- Mantenha sua coluna ereta. Você ficará mais elegante e sua voz sairá com mais clareza.

- As mãos devem ficar ao longo do corpo ou descansadas acima da linha da cintura, para estarem mais próximas do gesto. Não fique brincando com objetos.


- Mantenha um ritmo em seu movimento: movimente-se, pare, fale, movimente-se.


- Quando for ler algo, olhe 50% do tempo para o papel e 50% para os ouvintes. Neste caso, a sua voz, gestos, e fisionomia devem ser mais expressivos para que a atenção dos alunos não disperse.

- Olhe para os alunos. O contato visual é muito importante. Passeie o olhar, olhando para todos.


- Olhe nos olhos dos alunos e não para a testa ou por sobre as cabeças.

- A face deve transmitir interesse, simpatia, entusiasmo e alegria.

- Os olhos devem estar impregnados de sentimentos e emoção. O que você fala deve ser transmitido através deles.

- Sorria sempre, mas com o coração. O sorriso abre espaço para a amizade e a fisionomia alegre contagia o ambiente. Quando você sorri, está dando liberdade para seus alunos sorrirem também.

- Quando há grande distância entre o professor e a última fila da sala de aula, a movimentação e os gestos devem ser mais amplos.

- Busque a expressividade. Quanto mais expressivo o professor, maior o carisma.

- Seja bem humorado. Um toque de humor deixa o ambiente menos formal e cativa os alunos.


- Quando o professor "brinca", os alunos relaxam e se sentem mais próximos, gerando uma atmosfera amistosa.


Elaborado pela Josiane Benedet com colaboração de Karen Jardzwski, texto publicado em revistas educacionais.

Um lado da moeda: Sala de bate papo como uso educacional.

Sala de Bate-Papo pode ser uma opção na Educação.

Conversar ao mesmo tempo com muitas pessoas em qualquer lugar do mundo é um recurso que faz das salas de bate-papo (chat em inglês) um dos serviços mais movimentados na Internet. Dá para encontrar todo tipo de perfil: um amigo para trocar opiniões, um especialista para ajudar no trabalho da escola ou um parceiro para dividir um projeto.

No Brasil, a maioria dos grandes provedores de Internet tem esse serviço, as salas de bate-papo do UOL e do Terra são as maiores e que apresentam mais quantidade de recursos. A primeira coisa a fazer é escolher a sala: por assunto, idade, sexo, região etc. Com a opção feita, basta colocar seu nome ou criar um apelido. Na maioria das vezes é possível visitar a sala antes de entrar, para ver o que está acontecendo e o que as pessoas estão conversando.

Algumas salas permitem a troca de imagens e inclusão de sons, além de um recurso em que o usuário e mais uma pessoa podem conversar reservadamente, sem que os demais tenham conhecimento das mensagens trocadas entre eles. As salas de bate-papo também podem ser utilizadas como complemento educacional. É possível criar uma específica definindo um tema e agendar esse encontro virtual com os alunos ou outros profissionais da sua área. Dicas para uso do bate-papo em atividades escolares:

1 – O número ideal para um bom aproveitamento dessa ferramenta é de até cinco alunos por período. Um número maior inviabiliza respostas rápidas do professor.

2 – É fundamental que cada participante coloque o seu nome ao entrar na sala, apelidos (nick, em inglês) dificultam a comunicação por não sabermos com quem estamos nos comunicando.

3 – Determine um tema a ser desenvolvido e faça com que os alunos pesquisem a respeito para facilitar o debate sobre o assunto.

4 – O tempo ideal para uma sessão de bate-papo na Internet é de 30 minutos a uma hora. Tempo inferior a 30 minutos torna o trabalho improdutivo, assim como mais do que uma hora cria um desgaste e desmotiva.

5 – A maioria das salas de bate-papo tem recursos que permitem economizar texto. É possível escolher entre várias opções como responde para (nome do aluno), explica para, concorda com, entre outros. Caso a sala não disponha esse recurso, é necessário que o professor coloque o nome do aluno para quem está escrevendo o comentário, pois caso contrário, quem estiver lendo não saberá para quem são as perguntas e as respostas.

6 – Caso queira, é possível copiar e salvar o bate-papo em um arquivo Word para registro da atividade. Basta selecionar o trecho que interessa e utilizar o recurso “copiar” e “colar”.


7 – Lembre sempre que a sala de bate-papo é apenas um complemento da sua aula e não deve ser vista como atividade final.

O que faz uma boa escola?


Bons resultados no vestibular? Boas notas nos boletins dos alunos? Uma escola onde a maioria dos alunos fica para exames ou reprova? (Parece incrível, mas conheço alguns professores que ainda acham que são excelentes profissionais porque reprovam, em séries mais avançadas, grande parte da turma.)


Será que uma boa escola é aquela que considera uma turma pequena, com um professor medíocre, melhor do que uma turma grande com professores líderes inspiradores?Podemos pensar na frase do professor Dr. Francisco Fialho, da Universidade Federal de Santa Catarina, “professores entusiasmados, alunos encantados”.


Uma boa escola é uma comunidade de pais, professores, funcionários e gestores que, em uma maioria muito mais significativa do que pensamos – apesar de sobrecarregada com uma variedade de tarefas pedagógicas e não-pedagógicas, e um rendimento financeiro medíocre –, executa um trabalho em busca do crescimento próprio e dos educandos sob sua responsabilidade.


Algumas lições que esses educadores têm para nós:


1 - Atividades extracurriculares:
Possuir um bom programa, que desperte o interesse, curiosidade e motivação dos alunos, parceiros e outros professores, pode acrescentar um resultado bastante significativo. Estabelecer parcerias com fontes da comunidade também é um excelente diferencial, principalmente quando atinge o sucesso.


2 - Tecnologia como ciência
O uso das ferramentas tecnológicas desperta nas crianças e adolescentes um desafio motivador. Isso porque nossos educandos têm a mente aberta para agregar o novo com mais facilidade do que os adultos. Porém, ferramentas tecnológicas são caras. Entretanto, é possível realizar um trabalho de alfabetização tecnológica, por exemplo, baseado em sucata e artes. Ou seja, utilizar a criatividade e recursos disponíveis respeitando outro tipo de tecnologia: da idéia.


3 - Profissionais preparados
Incrementar e desenvolver a competência profissional das pessoas que fazem parte de nossa escola deve ser uma preocupação constante. Não quero dizer com isso que devamos bancar esse desenvolvimento, mas sim possibilitar. Muitas escolas não permitem que seus professores profiram palestras ou desempenhem outras tarefas em organizações que não pertençam ao mesmo sistema ou ao mesmo grupo. Isso é coisa do século passado!


Se agirmos dentro de princípios éticos, a convivência com instituições diferentes das que trabalhamos possibilitará a observação, percepção e análise de outra realidade, assim como dará a oportunidade de exercitar a consciência social e cidadã.


Realizando um desenvolvimento harmonioso de nossos profissionais, teremos uma instituição que olha para dentro de si mesma e sabe que é mais gratificante e prazeroso ser melhor “com” do que melhor “de”.


4 - Número ideal
Todos nós gostaríamos de classes com poucos alunos. Porém, muitas vezes a realidade é outra. Para cada série existe um número ideal, nem sempre pequeno, considerado mais ou menos um “ponto ótimo”, o qual ajuda – não só no gerenciamento da papelada de correção e burocracia – no preparo das aulas com um tempo significativo para isso e também para o desenvolvimento social, possibilitando opções de relacionamentos de amizade e coleguismo no grupo.


Como podemos ver nesses aspectos, os professores realizadores buscam diferenciais. Um exemplo pessoal: minha professora de piano, Dona Sarita, foi na realidade quem me despertou para o gosto da leitura. Quando eu dizia “Isso eu não sei“, ela repetia em seguida: “Você não sabe ainda.”


Essa atitude me despertou uma autoconfiança de que eu poderia aprender o que quisesse e que nada era tão difícil. Sentia-me motivada para descobrir por conta própria e ler sobre qualquer assunto.


Gestores, vamos incentivar os professores a serem diferentes, a tentar, a ousar. Assim construímos uma boa escola.


Gilda Lück é assessora pedagógica do grupo Dom Bosco, mestre em Educação pelo Lesley College (EUA) e doutora em Engenharia da Produção. E-mail: egopedagogia@ig.com.br

Sugestão de Blogs Educativos

Listagem de BLOGS EDUCATIVOS que poderão complementar nos planos pedagógicos da sua disciplina:

Artes:
http://www.aprenderecia.blogspot.com/
http://www.lulukinhaluluka.blogspot.com

Poesia:
http://www.piratapoeta.blogspot.com/

Filosofia & Sociologia:
http://www.professorrenato.com/

Geografia:
http://alunoscesa.blogspot.com/

Química:
http://www.fabianoraco.com/

Educação geral:
http://reflexoesacademicas.blogspot.com/
http://www.depoisdaaula.com/

Português/literatura/letras:
http:professoraelizianedepaula.blogspot.com/
http://cm50.ntedu.edu.es/

Inglês:
http:/porqueeimportanteaprenderingles.blogspot.com/

Meio ambiente:
http://www.henriquemelega.blogspot.com/
http://www.melega.multiply.com/

Matemática:
http://profamarildochaves.blogspot.com/
http://bethematica.blogspot.com/

História:
http://www.historiaecia.com/
http://saibahistoria.blogspot.com/
http://www.jacuhy.blogspot.com/

Informática:
http://educasempre.blogspot.com/
http://ivivendoeaprendendo.blogspot.com/
http://www.projetoinfo.blogspot.com/

domingo, 9 de agosto de 2009

Lançamento de livro sobre o Twitter na web


O blogueiro Juliano Spyer pretendia escrever um guia do Twitter em apenas cinco dias. Acabou levando 40, o que não deixa de ser impressionante. “Seria possível fazer um guia em uma semana, mas ele não teria 110 páginas, nem cobriria a mesma extensão de temas, teria uma diagramação mais básica (...)”, disse o blogueiro em seu site, Não Zero.


Com prefácio de Marcelo Tas, Tudo o que você precisa saber sobre o Twitter será lançado nesta segunda-feira (10), às 16h, pelo microblog, claro. O download será gratuito e tanto a capa como o prefácio já estão disponíveis no Não Zero.


Apesar da enorme popularidade no Brasil, a maioria das pessoas ainda tem dúvidas sobre como usar o Twitter. Um guia em português, portanto, é uma mão na roda. Bastante prático, traz um monte de novidades para aperfeiçoar a forma de usar a rede.


Para o idealizador, o objetivo é "trazer mais gente para o Twitter, apostando que mais pessoas experimentando e registrando suas descobertas ajudará a amadurecer o mercado da internet no Brasil".


Brevemente estarei disponibilizando o livro completo para leitura dos interessados.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

IV EPEAL - Transmissão via web rádio...Acompanhem!!!!

4ª edição do Encontro de Pesquisa em Educação em Alagoas (EPEAL) já está quase começando, reunindo mais de 700 pessoas (pesquisadores, docentes e discentes) discutindo as PERSPECTIVAS ATUAIS DA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO.

Com número de participantes recorde, agora disponibilizando mais uma novidade no evento: pela primeira vez suas principais atividades serão transmitidas via Web Rádio. São as tecnologias nos auxiliando na educação a distância!
Acesso o site do IV EPEAL:
Participem!!!!!